O Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul, através do Tribunal do Júri de Ribas do Rio Pardo (MS), condenou na última quinta-feira, dia 27 de outubro, Roberto Jackes Cabreira, conhecido por Jackson da Padaria, a 16 anos, 7 meses e 7 dias de prisão pelo crime de tentativa de feminicídio. O julgamento aconteceu no plenário da Câmara Municipal durante todo o dia e se estendeu por mais de 11 horas.
O réu Roberto Jackes Cabreira de 52 anos. |
De acordo com o pronunciamento do juiz Thiago Bertoncello, a pena definitiva teve a seguinte somatória: 15 anos e 9 meses (tentativa de homicídio), 6 meses e 25 dias (descumprimento de medidas), 6 meses e 25 dias (descumprimento de medidas 42), 10 meses e 7 dias (perseguição). Além de 66 dias (multa) + 1 ano, 1 mês e 20 dias de (detenção) e o valor mínimo de R$ 2.500,00 por danos morais.
Na sequência, questionado se pretende recorrer, orientado pelo o advogado, o acusado respondeu que sim. De acordo com a decisão por maioria simples do júri, Jackes deverá cumprir a pena inicialmente em regime fechado. O crime aconteceu há quase dois anos, na varanda da casa da vítima e ex-companheira do réu, no bairro Vila Nova, em Ribas do Rio Pardo (MS).
No pronunciamento, o juiz Thiago Notari Bertoncello explicou que foi caracterizado tentativa de feminicídio, praticado contra mulher por razões da condição de sexo feminino, em contexto de violência doméstica e familiar. Ao dosar a pena, Bertoncello destacou que a prisão preventiva do acusado foi mantida. “Mantenho aqui a prisão preventiva, tendo em vista a tentativa de manutenção de contato com a vítima”.
A DEFESA IRÁ RECORRER!
O advogado de defesa recorreu da decisão. |
Ao Rio Pardo News o advogado João Ricardo Batista disse que no final das contas, em um julgamento do Tribunal do Júri, ninguém ganha, ninguém perde. “A sociedade inteira perde com um crime que supostamente aconteceu. Considerando a pena que foi imposta, consideramos que há possibilidade de recurso no sentido de diminuir a dosimetria da pena”, pontuou.
João Ricardo explicou que seu cliente já fez o pedido de recurso e será avaliada a possibilidade de reduzir a pena. “As teses da defesa foram sustentadas, muito embora não foram reconhecidas pelo conselho de sentença. A defesa passou por horas a fio, para sustentar os seus argumentos. Foi um júri que houve respeito mútuo entre as partes, muito embora, o conselho não reconheceu sua integralidade, mas a gente sabe que essa tese não foi acolhida”.
Por fim, o advogado de defesa disse que o recurso na instância superior só irá discutir o quanto de pena (dosimetria) e que, a condenação por tentativa de feminicídio e as demais, não mudam mais.
Fonte: riopardonews.com.br