Presidente volta a reforçar voto religioso, critica decisões da Justiça e recebe apoio de lutadores profissionais, como Minotauro
O presidente Jair Bolsonaro (PL), em endosso ao discurso religioso, disse que “tudo que for possível para você fazer, você faça. O que não for, entregue nas mãos de Deus”, seja por oração ou jejum. Sem mencionar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro declarou que “qualquer coisa na vida, se colocar o cara errado, vai ter problema”. “A vantagem é que eu tenho certeza que tem a mão de Deus no Brasil”, emendou.
Bolsonaro participou nesta sexta-feira, 21, ao lado do candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos), de um encontro com lutadores famosos de artes marciais. Os atletas reiteraram apoio à reeleição do chefe do Executivo.
O presidente ainda citou a pandemia da covid-19 e mencionou o candidato do PT ao governo paulista, Fernando Haddad, com quem disputou o segundo turno das eleições de 2018: “Imagina com o Haddad no Brasil durante a pandemia”.
Ao relembrar momentos da história que “mudaram o destino do Brasil”, Bolsonaro citou o ano da revolta tenentista (1922), o golpe militar (1964) e o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (2016).
Justiça
Na ocasião, Tarcísio reagiu às recentes decisões tomadas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Segundo ele, é preciso “ter muito cuidado para não cruzar a fronteira” da liberdade. O ex-ministro reforçou que não é possível “permitir censura em nenhum grau”.
“A gente tem que tomar muito cuidado para não cruzar a fronteira, a gente tem que ter muito cuidado para preservar nossa liberdade. É uma coisa muito cara, a gente não pode transigir com a liberdade, a gente não pode transigir com a liberdade de imprensa, a gente não pode permitir censura em nenhum grau, acho que é isso que todo mundo lutou sempre”, afirmou aos jornalistas.
Apoiadores de Bolsonaro têm disseminado a tese de “censura” para fazer crítica às recentes decisões do TSE e ao presidente da Corte, Alexandre de Moraes. Na quinta-feira, o TSE aprovou resolução que amplia os poderes do colegiado para determinar a remoção de notícias que considerar falsas e acelera o prazo para que a ordem seja cumprida.
Em um dos trechos mais polêmicos, o texto aprovado permite à Corte ordenar a exclusão de conteúdos já classificados pelos ministros como fake news que tenham sido replicados em outras redes sociais sem abertura de um novo processo. Além disso, canais que, na avaliação da Corte, divulgarem sistematicamente desinformação poderão ser temporariamente suspensos.
Fonte: Conjuntura On-line