Com mais de 16 mil alunos, Três Lagoas possui 19 Unidades Escolares e 18 Centros Educacionais Infantil (CEIs), que atendem crianças de zero a oito anos de idade na Rede Municipal de Ensino (REME).
Seguindo a mesma característica do Brasil, um país de imigrantes, em Três Lagoas a educação municipal também apresenta um recorte mundial, atendendo 84 alunos oriundos de nove nacionalidades com histórias e culturas diferentes com características próprias.
De acordo com dados da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SEMEC), são estudantes da Angola, Bolívia, Colômbia, Espanha, Haiti, Japão, Paraguai, Portugal e Venezuela. Sendo que, o país com maior número de estudantes, no município, é o Haiti com 58 crianças, seguido pela Colômbia (06); Portugal (03); Bolívia (02); Japão (02); Paraguai (02); Venezuela (02); Angola (01) e Espanha (01). A maior parte desses alunos estão matriculados nas Escolas Municipais, o que contabiliza a quantidade de 76 alunos e, destes, oito estudam nos CEIs do município.
A TL DE OPORTUNIDADES
A Escola Municipal “Irmã Scheilla” atende 709 estudantes e, destes, sete são naturais do Haiti e um da Espanha; as crianças estão matriculadas no Ensino Fundamental I e segundo a diretora da escola, Hellen Rufino Martins, os relatos da maioria dos pais é de que em seu país (Haiti) a vida era muito difícil, e por conta de as escolas serem privadas, não tinham condições financeiras para que seus filhos pudessem frequentar.
Alin Noel, pai de Ambioline Noel, aluna regularmente matriculada no 4º ano, mora em Três Lagoas há cinco anos e há oito abandonou o Haiti em busca de uma vida melhor. “Desde 2014 vim para o Brasil, fui primeiro para São Paulo, mas mudei para Três Lagoas porque é uma cidade mais tranquila para viver”, elogia Alin.
Atualmente, Noel trabalha em uma agência de viagens e tem mais outras duas filhas: uma de 16 anos que estuda na Escola Estadual “Edwards Corrêa” e, outra de três anos de idade, nascida em terras três-lagoense, aluna do CEI Prof.ª “Clarinda Dias Conceição”.
Hellen ressalta que “as famílias demonstram gratidão, elogiam e valorizam cada item ofertado pela Unidade Escolar, como: kit alimentação, kit escolar, uniforme e o ensino que são ofertados aos seus filhos”.
IDIOMA
O idioma da Língua Portuguesa é considerado uma das maiores dificuldades enfrentadas por alguns estudantes em terras brasileiras, pois a falta de compreensão ou de interpretação acaba por tornar o processo de ensino e aprendizagem mais lento, tanto na oralidade, como na escrita, segundo informou a diretora Hellen Rufino.
Emise Benjamin, mãe de Esmeralda Jean, aluna do 5º ano na mesma Unidade Escolar (Escola Municipal “Irmã Scheilla”), mora em Três Lagoas desde 2014 e já estão adaptadas a nova língua e costumes locais, conseguindo entender com facilidade o novo idioma. “Três Lagoas tem um ensino muito bom; é feito de uma forma muito legal, eu gosto bastante”, enalteceu a mãe.
ACOLHIMENTO
A diretora adjunta Francilda Oliveira dos Santos Silva, explicou como é elaborado o trabalho de acolhimento destes alunos. De acordo com a profissional, os professores buscam investigar e compreender as vivências familiares e a cultura que cada um traz do seu país de origem, proporcionando momentos de escutas e diálogos com os estudantes.
“O acolhimento acontece por meio de brincadeiras, rodas de conversa e atividades de registros e de experiências, a fim de conhecer e de compreender as reais necessidades dos estrangeiros, oferecendo, assim, uma aprendizagem significativa e acolhedora”, finalizou Francilda.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Três Lagoas