Diversidade, nas scale-ups, é um ciclo. Um ciclo fundamental para um ambiente inovador.
A D1 é um grande exemplo disso. A scale-up acredita que cultura, diversidade, inclusão e inovação caminham juntas.
“A empresa cresceu e, com base na nossa cultura, sabemos que temos o ambiente ideal para impulsionar práticas de combate à discriminação estrutural. Incluindo mais mulheres, negros, pessoas LGBTQIA+, PCDs e proporcionando a toda gente um ambiente mais seguro e de respeito às pluralidades.” Fernando Steler, Empreendedor Endeavor à frente da D1
Entrevistamos Fernando Steler, Empreendedor Endeavor da D1, para conhecer a atuação em Diversidade e Inclusão da scale-up. Confira!
Como é a atuação da D1 em Diversidade e Inclusão?
FS: Diversidade e Inclusão é parte da cultura da D1. A expressão da autenticidade e da diversidade por parte das pessoas do nosso time faz parte do nosso jeito de ser.
De forma prática, temos as ações de posicionamento organizacional e inclusão. Tudo começou com provocações dos nossos colaboradores. Nossa gente pediu por mais debate e posicionamento. E nós aceitamos o desafio.
Estamos trilhando uma jornada de experimentos afirmativos, como, por exemplo do Capacita MDT, um programa de capacitação focado em mulheres em transição de carreira, desenvolvido no início do ano na Smarkio, uma das empresas do nosso grupo.
Nossas ações passam também pela estruturação de comitês e de um censo bem completo de diversidade, fundamentado em questões-chave para a inclusão, como a segurança psicológica e a figura da liderança inclusiva.
Para abraçarmos todas as possibilidades criamos uma frente de trabalho dedicada à diversidade em nosso time de Gente e Cultura. Estamos aquecendo os motores para lançar uma série de ações ainda em 2021.
O Cappacita é um grande case de programa de capacitação no ecossistema. Conta um pouco mais sobre ele?
FS: O Capacita MDT (Mulheres Desempregadas e em Transição de Carreira) foi um programa criado pela Smarkio, uma empresa do grupo D1, e agora abraçado pela D1, para auxiliar mulheres desempregadas e em transição de carreira para a área de tecnologia. O projeto começou a partir da nossa sensibilização com o fato das mulheres terem sido mais afetadas que os homens pelo desemprego na pandemia e então resolvemos agir.
Estruturamos um curso de formação em chatbot, utilizando tecnologias de Inteligência Artificial, que mobilizou cerca de 5.000 mulheres. Numa sequência de oportunidades, 150 mulheres atingiram a fase que chamamos de Expert, estando aptas a concorrerem a vagas no mercado de IAs Conversacionais.
Destas, mais de 60 já se recolocaram profissionalmente seja na D1/Smarkio ou em outras empresas, inclusive em nossos concorrentes.
Hoje, o Cappacita se reposicionou para oferecer ainda mais oportunidades, atuando na formação de designers de diálogo e desenvolvedores de IAs conversacionais, de forma aberta para toda a comunidade.
Sabemos que podemos formar pessoas para assumirem essas profissões tão demandadas em nosso presente e futuro.
Acreditamos que a oportunidade de atração de talentos do ponto de vista de diversidade se amplie ainda mais com a rede do Cappacita que engaja mais de 6.000 pessoas em seu novo ciclo iniciado em maio de 2021. E esse é só o começo dessa comunidade.
O mais interessante é que a comunidade tem vida própria e novos projetos emanam dela. Como aconteceu com o Epopeia Tech, um podcast criado por participantes do Capacita MDT, sobre jornadas femininas de transição de carreira para a tecnologia, de mulheres para mulheres. Outro grupo escreveu um e-book, com depoimentos emocionantes sobre os caminhos da transição de carreira e a experiência empoderadora vivida no programa.
Convido a todas e todos a ver este post no LinkedIn, que explica os resultados do Cappacita MDT e mostra alguns comentários de quem passou pelo programa.
O que mais inspira vocês a continuarem com todas as iniciativas?
FS: Acreditamos que podemos compreender nossa diversidade sem medo e, então, atuar na inclusão de grupos minorizados com muita intensidade. Isso significa abrir as portas e atuar diretamente em novas formas de convivência e acolhimento.
Por exemplo, no Cappacita MDT, estivemos presentes no onboarding e atuamos com mentorias uma-a-uma, para que a adaptação e a jornada das profissionais fosse fantástica na D1 e na Smarkio.
Nossas colaboradoras e colaboradores se engajaram com tudo no giveback, já que este é um dos valores da nossa cultura. São elas que conduzem as mentorias e auxiliam as participantes do programa.
Nesse contexto, nossa missão vai além de promover a diversidade por meio da capacitação e da contratação das participantes. Ampliamos para incluir de forma genuína e empoderada.
“Mais do que uma provocação ao mercado – ao dar oportunidade para as pessoas que não tinham experiência prévia -, o Capacita MDT foi uma provocação para mim, a minha rotina e a minha família. Me vi com a chance de me desafiar e mostrar do que sou capaz. Além de ser uma mãe guerreira como tantas outras, pude mostrar que sou uma profissional capaz. E, mesmo com as loucuras da maternidade, eu posso, eu vou e eu fui contratada! Por mais empresas que tenham a coragem de ousar como a D1 Smarkio. E por mais mamães que tenham a oportunidade de mostrar que profissionais incríveis elas são!”, Yumi Tako da Costa Rego, contratada como QA (Quality Assurance) na D1 Smarkio
Qual o sonho grande quando vocês olham para Diversidade e Inclusão na D1?
FS: A possibilidade de impactar positivamente o ecossistema de tecnologia com ações de inclusão e acolhimento hiper-humanas.
Queremos fazer a D1 ainda mais diversa e fundamentada em segurança psicológica e comportamento empreendedor.
Hoje somos mais de 300 pessoas com 40% do total de mulheres – já temos o dobro do mercado. Mulheres estão em 42% dos cargos de liderança e nossa meta de curto prazo é possuir no mínimo 51%, tanto no total do time, quanto em lideranças.
Gradualmente vamos incluindo outras minorias como negros, LGBTQIA+, PCDs para tornar a nossa empresa mais diversa, e incentivando também um mercado mais diverso.
Nosso sonho grande é capacitar e engajar mais de 1 milhão de mulheres para trabalharem em tecnologia e também ampliar para outras minorias sociais não incluídas no mercado tech como negros e PCDs.
Fonte: endeavor.org.br